Falar em público pode ser mesmo um grande desafio. Eu mesmo não conseguia abrir a boca, nem mesmo em uma reunião de trabalho, sem que o coração disparasse, as mãos suassem e a voz ficasse trêmula. Foi só mesmo no dia a dia, quando comecei a trabalhar com vendas que isso foi melhorando. Era obrigada a falar com o cliente e convence-lo do meu ponto de vista (ou não ganhava minha comissão...). Então, o que era ali com só uma pessoa, as vezes eram com três, quatro da mesma família. Aí foi ficando cada vez mais fácil, e fui aos poucos falando em público. Não que hoje eu ache que não tenha nenhuma dificuldade, ainda sinto minha voz trêmula, mas em comparação a antes, a melhora foi gigante. Acho que o primeiro passo é esse mesmo, tentar aos poucos ir aumentando o público com quem se fala, começando com pessoas mais chegadas até conseguir falar para um bando de desconhecidos! Bem, aqui vão algumas dicas para quem compartilha desse temor:
Dez dicas para lidar com o nervosismo nas apresentações em público
1. Deu branco: use recursos para se apoiar, como a apresentação no Power Point ou um roteiro impresso com palavras-chave. "Se uma apresentação é feita apenas verbalmente, depois de três dias os ouvintes se lembrarão de apenas de 10% do que foi transmitido. Se for feita com auxílio de recursos visuais, depois de alguns dias, os ouvintes se lembrarão de 65% da mensagem. Só devemos tomar cuidado para não abusar dos recursos visuais ou ficar lendo o tempo todo", explica o professor Reinaldo Polito.
2. Memorização: Redija o texto para cada tela do Power Point, ensaie, depois deixe o texto de lado e treine sem olhar para a tela. Quando surgir o slide, o orador deve saber o que falar. "Familiarize-se com cada lâmina para evitar os brancos", diz Fernando, do Instituto Fale Bem.
3. Treine em voz alta: "Para aproveitar bem a voz, é preciso pronunciar bem as palavras", diz Polito. Leitura diária em voz alta de textos de jornais, revistas ou livros pode ajudar a melhorar a pronúncia e a respirar melhor, segundo ele. "Ao ler em voz alta, repita as palavras que achar mais difíceis ou que se repetem no texto. Ao pronunciar os verbos, enfatize bem as letras R ao final das palavras".
4. Fale com o espelho: o melhor exercício de oratória é praticar, principalmente a introdução e a conclusão. "Treine toda a apresentação em frente ao espelho, prestando atenção no gestual, que deve ser harmônico com o discurso", diz Fernando, do Instituto Fale Bem. Você também pode se apresentar para alguém da família ou filmar a apresentação para se avaliar depois.
5. Chegue cedo: chegar uma hora ou 30 minutos antes do horário de início da apresentação e conversar com as pessoas que vão chegando ajuda a manter a calma. Se forem desconhecidas, então, faz com que você se sinta mais à vontade com elas antes de ter de se apresentar.
6. Olhe para a plateia: "A comunicação visual deve atingir três objetivos: observar a reação dos ouvintes; prestigiar a presença das pessoas e quebrar a rigidez postural na hora de olhar para um lado e para o outro", diz Polito, que sugere olhar sempre para todos os lados da plateia.
7. Respire corretamente: a respiração mais prolongada, soltando o ar lentamente ao falar, também ajuda. Se a pessoa sofre de ansiedade e tem a respiração ofegante, muito curta, demonstra insegurança. Treine: inspire e segure o ar no abdome, depois vá soltando devagar pelo nariz.
8. Cuidado com a monotonia: a entonação e o volume da voz são fatores importantes para uma boa comunicação. A pessoa que fala muito baixo e numa mesma entonação torna a apresentação monótona. "É importante usar volume de voz suficiente para que todos possam ouvir bem. Mas a pessoa deve alternar o volume e a velocidade da fala para que o ritmo seja sempre agradável e motivador", afirma Polito.
9. Expressão corporal: os dois maiores defeitos da gesticulação são a falta e o excesso de gestos, sendo que o excesso costuma ser mais grave do que a falta. Polito afirma que, de maneira geral, a pessoa deve evitar falar o tempo todo com as mãos nos bolsos, com os braços nas costas ou cruzados na frente do corpo em posição defensiva. "É preciso evitar, também, ficar apoiado de maneira desleixada sobre uma das pernas ou mantê-las muito abertas ou muito fechadas".
10. O início da apresentação é o momento mais delicado: para contornar esses difíceis instantes iniciais, a pessoa deve começar a falar um pouco mais devagar e mais baixo para não deixar que sua instabilidade seja projetada. "Se a pessoa levou algumas anotações, arrume os papéis sem pressa. Ajeite sem precipitação a altura do microfone. Cumprimente uma a uma as pessoas que compõem a mesa diretora. Deixe as mãos sobre a mesa ou a cadeira para não permitir que o tremor seja percebido. Todos esses cuidados são importantes para conquistar um pouco mais de confiança", afirma Polito.
(retirado do site http://mulher.uol.com.br/)
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